Relato da reunião do dia 30 de Janeiro no Liberdade 229 / Report of the meetup of the 30th of January (Summary)

Foi uma das mais concorridas e também das mais curtas, pouco depois
das 18h00 foi dada por concluída.

Para além de mim estiveram:

• João Belchior
• Luís Abreu
• Diogo Cabral
• Leo Xavier (CEO da Quodis que gentilmente nos recebeu)
• Mihail (também trabalha no espaço Liberdade 229)
• Diogo Rebelo
• Hernâni Borges de Freitas

O Roberto Gorjão e o Victor Cardoso estiveram no IRC a debater entre
eles e com o Luís Abreu.

Não houve streaming nem gravação. Entrou-se logo no concreto, com a
presença de dois novos participantes, o Diogo e o Leo, a coisa girou
em torno de dar uma missão, uma direcção à comunidade Drupal
portuguesa. Como é que o camp e outros eventos se articulam com essa
missão. Definição de objectivos, equipa coordenadora e afins.

As ideias abordadas foram em boa parte uma súmula de coisas
referidas em anteriores reuniões, como logo na primeira do dia 23 de Outubro,
nomeadamente:

"Outra ideia debatida foi a de aproveitarmos outros eventos onde
estejamos envolvidos para falar sobre o Drupal. O Hernâni falou do
Barcamp Portugal como exemplo."

Esta foi uma ideia que o Diogo desenvolveu mais dando exemplos
concretos, como o Sapo Codebits.

Indo directo ao assunto o que se discutiu foi como vamos fazer a
agulha doravante:

1. Continuarmos na senda de encontros entre membros da comunidade
   optando por um primeiro drupalcamp pequeno e de âmbito limitado.
2. Procuramos chegar fora deste círculo restrito, deixando de pregar
   ao coro, e em vez disso tentar captar novos membros para a
   comunidade e simultaneamente ter um discurso mais generalista e
   agressivo para fazer crescer o mercado para o Drupal em Portugal.

Na segunda opção, fazer agora um camp, seria gastar preciosas munições
e desperdiçar uma oportunidade. Ocorre-me esta citação do David Ogilvy:

Always hold your sales meetings in rooms too small for the
audience, even if it means holding them in the WC. 'Standing
room only' creates an atmosphere of success, as in theatres and
restaurants, while a half-empty auditorium smells of failure.

Ogilvy on Advertising, p. 172

Para fazermos crescer o mercado, que é um dos desígnios iniciais da
organização desta comunidade, o nosso primeiro camp terá que transmitir
esta sensação de sucesso de que o Ogilvy fala.

Por outro lado, tendo chegado até aqui, com reuniões regulares em
Lisboa, e com as reuniões em Braga constituirem-se como os meetups
Drupal no norte, sabemos que há um caminho a percorrer até chegarmos
ao camp que crie ondas de choque e mova o mercado na direcção do
Drupal: todos ganhamos com isso.

O Leo sugeriu que em vez de ser uma reunião de âmbito mais limitado,
com drupaleiros já assimilados, ser uma reunião aberta a neófitos que
queiram aprender Drupal. Podíamos fazer uma apresentação de introdução
ao Drupal, indo seguindo os vários passos e assistindo no
processo. Poderia também haver sessões com tópicos mais avançados como
desenvolvimento de módulos, theming ou uma aplicação específica.

Juntando esta sugestão do Leo com as do Diogo, e algumas das
conclusões das reuniões anteriores conclui-se que:

1. Para o drupal crescer em Portugal é necessário definir objectivos
   precisos com um roteiro tão claro quanto possível.
2. Há que seleccionar uma equipa que publicamente assuma a
   responsabilidade de levar a cabo o roteiro e atingir os objectivos
   definidos. Não se trata de co-optar a comunidade, trata-se de
   procurar um consenso, mas se ele não for possível ser atingido, e
   todos sabemos quanto a lei de Parkinson é verdadeira, a equipa toma
   uma decisão.
3. Começar já a trabalhar nos pontos 1 e 2.

Obviamente que seguir esta via implica adiar o drupalcamp que tínhamos
planeado para o final de Março. Eu prefiro esta alternativa. Não se
trata de desistir do salto, trata-se sim de dar três passos atrás a fim de
ganhar balanço para dar um salto mais longo.

Fazermos um camp sim, mas que tenha alcançe dentro e fora de portas,
com patrocínios a "sério", abrindo-nos a possibilidade de ter
conferencistas de renome na comunidade Drupal global, com ecos junto
dos potenciais clientes de soluções Drupal, com o recrutamento de
novos praticantes e curiosos do Drupal em Portugal.

Para mim toda a conversa do camp começou numa thread a propósito da
selecção da cidade para o Drupalcon Europa 2010. Alguém sugeriu Lisboa
e logo responderam — curiosamente quem vai organizar o Drupalcon
Europa este ano (Copenhaga) — que primeiro havia que ganhar calo a
organizar camps, tanto mais que agora há regras detalhando as
condições necessárias para poder hospedar um Drupalcon. Pareceu-me uma
boa deixa, e havia no grupo do google também uma iniciativa da
responsabilidade do João Ventura para haver um primeiro encontro.

Vai daí a bola foi chutada e as coisas começaram a mover-se. O caminho
traçado do camp em Março seria o caminho a seguir se não houvesse
agora condições para podermos fazer uma coisa em grande e apostar num
crescimento orgânico para ganhar essa aposta.

Não creio que pudesse ser de outra forma. Foi bonito, mas agora há que
fazer uma opção clara e assumir as responsabilidades. Promover o
Drupal, dinamizar a comunidade Drupal portuguesa, fazer avançar a
agenda do software livre em Portugal.

Julgo que no mínimo deste nosso percurso já realizado quebrámos o
sentido de isolamento que cada um de nós sentia, a trabalhar em Drupal
por cá. Há gente, há empresas, há freelancers, há talento. Agora vamos
ser consequentes e dar o passo seguinte. Se não formos nós ninguém o
fará.

Desde já me voluntario para coordenar a equipa que deve levar a cabo a
missão de promover o Drupal. Assumo o compromisso público de tentar
levar esta nau a bom porto.

Obviamente que preciso da ajuda de todos. E sobretudo de aqueles que
de entre vós estejam dispostos a fazer parte desta equipa. Cheguem-se
à frente aqueles que estão com vontade de ajudar e estão dispostos a
assumir públicas responsabilidades. Há trabalho que chega e sobra para
todos vós temerários :)

English summary

This is was a very "intense" meetup, in the sense that so much was
discussed in so little time: in the vicinity of 2 hours.

This was the first meetup where the market component appeared in such
a clear light. Even though one of the declared objectives of all this
movida Drupal here is to further the market for Drupal in Portugal, it
never was so clearly articulated as now.

We want to have an impact and we are ambitious. We want to establish
Drupal as a mainstay of free software solutions for the web here. We
want to bid for hosting Drupalcon Europe 2012.

Like the cliché goes: there's no second chance at first impressions.
We have to make an enduring impression in our first
camp. We want it to reverberate inside and outside. We want to push
the envelope in the market for Drupal, to reach new clients, to reach
new drupal enthusiasts and professionals, to grow the community.

For that we need to organize ourselves, to assume public
responsibilities for implementing our vision. To define a map to
achieve it. To be "ruthless" in its pursuit.

Consequently we're postponing the Drupalcamp that we had marked for
late March to a date to be announced in the 4th quarter of 2010.

We're not giving up the jump, rather we're taking a few steps back in order
to jump much longer. Stay tuned. Drupal is cooking up steamy & hot here :)